Bridge em Fernando de Noronha

A Ilha precisa de um decorador. Por favor, não me refiro a Deus. Este fez o Seu trabalho e presenteou o Brasil com um verdadeiro paraíso na terra.

O Instituto Chico Mendes cuida muito bem da fauna e da flora e o governo de Pernambuco do homem e suas circunstâncias.

A cidade não é conceitualmente rústica, mas pobre, feia, decadente e abandonada. A exceção vem de algumas pousadas.

Apesar disso, ocupa, longe, o lugar mais caro do Brasil. Não é só. Trata-se da única região do território nacional em que o turista brasileiro paga uma taxa diária para permanecer na Ilha e outra para ter acesso às praias.

A pousada do Zé Maria é ótima e o preço exorbitante. O famoso festival culinário das quartas e sábados é apenas um truque de marketing e uma caríssima piada de mau gosto.

“Mas tudo vale a pena se a alma não é pequena” e é enorme a alma de Fernando de Noronha.

Na verdade, é impossível ficar indiferente à Ilha. A sua beleza desarma até os mais carrancudos e mal-humorados narradores, como eu (como certamente diria Peixoto, que também lá estava com Maria Amélia, além de Nadine, Lucinha, minha filha Fernanda e meu neto, João Miguel, que vomitou uma barbaridade, tal qual muitos outros).

Tudo fica esquecido quando se olha para a praia de Caieras, a Baía do Sancho, os montes Dois Irmãos, o “chaînés” dos golfinhos, o mergulho das gaivotas.

Graça acertou na mosca ao acolher a sugestão do Franklin, seu aluno e nosso amável anfitrião, para realizar um torneio de Bridge em Fernando de Noronha.

Foram dias de festa para o Bridge, que também comemorava o aniversário de um dos seus decanos, o Zé Barbosa (80 anos) e da sua irmã, famosa e histriônica, Pipa (83 anos).

O cenário para o jogo era o restaurante “Corveta”. Lembrou Cuba, em 2003, quando se jogou a final num cabaré. Tubiska e Roberto Assunção (Primo, Três em Um) estiveram lá e devem lembrar. Na Ilha, eram quatro mesas apenas, mas com vinte e sete bolsas por sessão. A simpatia dos jogadores (maioria esmagadora de mulheres) contrastava com o espírito da competição. Jogo sério.

Cito adiante, para registro e memória do Bridge, o nome dos jogadores: Pipa, Maria Luiza, Liza, Tubiska, Lúcia Menezes, Lúcia Dória, Rosa, Adriana, Maria (paciência de Jó – jogou com Pipa), Elaine, Iury, Graça (minha querida promotora), Marina Amaral, Franklin, Emílio, Roberto Assunção, Assis.

Este deve ter sido o primeiro torneio de Bridge em que só houve vencedores, mas Marina Amaral levou, merecidamente, a taça (uma garrafa de vinho e uma sobremesa) para casa.

Vamos repetir, Graça?

Assis